Ontem à noite eu cheguei em casa um pouco nostálgica. Zapeando a TV, parei no canal Fox, onde tava passando Arquivo X: O Filme. Comecei a assistir, e, não lembro em qual parte, dormi. Só fui acordar com os créditos passando ao final, e com uma música línda: Walking After You, do Foo Fighters. Pois bem, todo mundo sabe que Foo Fighters é a banda que me acompanha desde os 13 anos, desnecessário relembrar que é a minha banda preferida.
Mas, voltando ao que realmente interessa, Walking After You, na época do filme, virou meio que top of mind do Foo Fighters:
- Foo Fighters? Ah, acho aquela música do filme do Arquivo X linda!
Só que a "música do filme do Arquivo X", se encontra num dos melhores álbuns do fim dos anos 90, The Colour And The Shape. E, ontem mesmo, eu decidi escrever sobre meu álbum preferido (oh que piegas).
Eu lembro perfeitamente bem. A primeira música a estourar foi Everlong. Tinha eu os meus 15 anos, juntava um dinheirinho e queimava em CDs, hqs do Homem Aranha e revistas Showbizz, pro desespero da minha mãe. Ela acreditava que aquela grana podia ser gasta de outra maneira, mas enfim... Não, daquela vez não poderia haver melhor maneira de gastar dinheiro.
Eu passava tardes e tardes ouvindo rádio pra, quem sabe, ouvir Everlong. Depois de esutá-la, uma bela tarde, não aguentei mais. Peguei dinheiro e gritei:
- Manhê! Vou comprar um bloco novo pro meu fichário!
Lá rumei eu pra loja de CD. Custava R$ 17,90. Após a compra, rumei a papelaria, comprei um bloco fuleiro e ainda fiquei devendo cinqüenta centavos. Ao chegar em casa, coloquei o CD debaixo da blusa, caso encontrasse com a minha mãe no caminho até meu quarto.
- Manhê! Cheguei!
Clandestinamente entrei no meu quarto, coloquei o CD no rádio, e... êxtase total!
Começava pela insegura baladinha de um minuto e meio, Doll. Depois, um hino vingativamente adolescente, Monkey Wrench. Seguindo, Hey, Johnny Park!, e My Poor Brain, músicas quase que gêmeas, complementando uma à outra, simbioticamente falando. Wind Up, se não a minha prefeirda do CD, ensandecida, jogando na cara, cuspindo, vomitando sangue com pus. Up In Arms, balada animadíssima e de muito bom humor, sobre a reconciliação. My Hero, direcionada a todas as pessoas que, admiravelmente vencem o dia a dia. See You, um cara sem muito o que fazer que resolve mandar uma carta pra ele mesmo. Enough Space, mostrando Dave Grohl de saco cheio da ufomania a que foi acometido. Amor febril em February Stars. Everlong. Essa merece uma pausa. É a minha música preferida de todos os tempos. Música pra se sentir. Fechar os olhos e ter a sensação de que alguém certo existe pra vc, alguém que vc espera a vida inteira. Sentimentos recíprocos e delicados em Walking After You, fechando com a louca New Way Home, o retorno do filho pródigo.
Talvez seja um dos únicos CDs que eu ouça como se nunca tivesse ouvido na minha vida, ou aquele que mais conheço, o que eu sei todo de cor, letra e melodia.
Só sei que eu nunca mais fui a mesma depois de The Colour and the Shape. Desde que eu o ouvi pela primeira vez, a pergunta ficou na minha cabeça, sem ter resposta aparente: você está pronta pra ficar louca sem enlouquecer?
E aí, Rafa, qual o seu álbum favorito?
Postado por Maria Renata às 8:29 AM -
Mais uma sobre substituição em bandas.
Ficaram sabendo da última? Ian Astbury está na estrada substituindo Jim Morrison na nova versão do The Doors, batizada de Doors 21st Century.
Será pretensão dos Doors continuar à procura de um vocalista que substitua Jim Morrison? Freddie Mercury já disse que "the show must go on", mas o próprio Queen não fez muito sucesso na tentativa de colocar George Michael como vocalista. Por isso, logicamente ninguém substituirá Jim Morrison, mas pessoalmente, acredito que Ian Astbury não tenha tanto "estilo" para tal.
Ian Astbury, pra quem não sabe, é vocalista da banda The Cult, que em 2000 voltou em voga com o hit "Painted On My Heart", melô de Angelina Jolie e Nicholas Cage em 60 Segundos.
Até aí, tudo bem.
Agora, que idéia é essa de rebatizar os Doors? Não me apetece nem um pouco. Já ouvi muito Doors, hoje é uma banda que eu apenas admiro. Quer dizer o que, eles querem se atualizar, mudar o estilo das músicas morrisonianas? Precisou tanto tempo assim pra resolver fazer isso agora? Qual será o próximo passo? Regravar "Light My Fire" com alguma boysband?
Fico até imaginando a cena. Palmeiras pegando fogo na frente do clube Whisky-A-Go-Go (ou, hoje, só The Whisky) em plena Los Angeles, a boysband entrando no recinto, com mulheres ripongas dançando, seduzindo-os, no clima free love característico da época, os integrantes remanescentes dos Doors sentados numa mesa, com look sóbrio e experiente, a boysband sobe ao palco e, alternando com antigas imagens/vídeos de Jim Morrison, faz aquela coreografia buniiiiiita de dar gosto.
Ah, faça-me o favor.
Postado por Maria Renata às 12:44 PM -
Olha eu chegando! Prazer, eu sou a Renatinha!
Pois é, eu já andava querendo fazer um blog sobre música, mas o que o Rafael não sabe é que eu já tinha pensado em convidá-lo para este feito, após um post sobre música no Vida Pública. Passou um tempo, e ele me revelou da vontade que tinha de possuir um blog. Bingo! Fiz a proposta, a qual ele aceitou sem nem titubear.
Então é isso, cá estamos, após algumas voltas e reviravoltas com o layout.
E eu até queria começar com uma notícia, vinda da lista de discussões do site Whiplash, um pouco empoeirada na caixa de entrada de um e-mail um tanto quanto obsoleto meu: O Oasis tem um novo baterista. Nome? Zak Starkety. Quem? Filho de Ringo Starr. Oasis sempre fez referências aos Beatles, e agora, contam com o filho de Ringo Starr, o beatle favorito da minha mãe. Só nos resta saber como será a atuação dele na música do Oasis. Com certeza ele não deve fazer a mínima questão de ficar na sombra do pai.
Postado por Maria Renata às 10:12 AM -
